sábado, 8 de setembro de 2012
Muita calma nessa hora....
VI ESSA SEMANA PUBLICADA AQUI A
PESQUISA ELEITORAL FEITA POR UM INSTITUTO DO PARANÁ, MAIS PRECISAMENTE DE
LONDRINA.
Sabemos que uma pesquisa deve ser
registrada no Tribunal Regional Eleitoral, porém, isso não significa
necessariamente que ela mostre a realidade dos fatos. Nós temos mais de 60 mil
eleitores em Itapeva e fazer uma pesquisa num universo de 400 pessoas, realmente
é muito pouco para se acreditar que ela espelhe a realidade. Ora, essa pesquisa
eleitoral deve possuir metodologia capaz de selecionar corretamente a
amostragem, indicar a margem de erro e os instrumentos de coleta e análise dos
dados. Não vimos nada disso, apenas
números, quiçá fabricados.
O eleitor deve estar atento aos
abusos e excessos na divulgação de pesquisas e/ou enquetes eleitorais, pois
estas formas de levantamento de opinião podem tender contra a legitimidade e o
equilíbrio de uma disputa eleitoral.
Não é mais cabível numa eleição
que o eleitorado seja induzido a erro quanto ao desempenho de determinado
candidato em relação aos demais. A fiscalização pode – e deve – ser exercida
por todos. E o eleitor de hoje é diferente daquele do tempo do coronéis, onde
eram trazidos de caminhão do Guarizinho para votar, sem antes passar pelos
“viveiros” e comer um pão com linguiça e taubaina. Essa tempo já passou,
ninguém vota por pesquisa, se assim fosse Luiz Cavani não teria ganho da
Terezinha no primeiro mandato, pois as pesquisar mostravam ele com apenas 4% e Terezinha exatamente com o
mesmo numero que a pesquisa mostra que temo o Roberto.
As pesquisas eleitorais no Brasil
estão se tornando o novo modo de cercar o chamado "curral eleitoral",
pois por meio da intensiva propaganda, a divulgação dessas pesquisas acaba por
fabricar maiorias. Em alguns lugares isso acaba servindo para inibir qualquer
opinião contrária ao consenso fabricado. Por que isso acontece? Simples, muitas
pessoas tem medo de serem identificadas com os possíveis derrotados nas
eleições e depois serem perseguidos por essa identidade.
Assim, o que antes era uma
aparência (a maioria fabricada) acaba tornando-se uma opinião sedimentada da
qual ninguém pode discordar sob pena de ser rotulado pelos inúmeros
esteriótipos criados ou exagerados durante as campanhas eleitorais.
É muito
difícil que uma verdadeira democracia se estabeleça com todo esse tribalismo e
vinculado a isso está o clientelismo que distribui os cargos e serviços públicos
entre os correligionários.
Um clima de
favorecimento que só incrementa o mal nefasto do populismo: dizer uma coisa e
fazer outra. O povo, muitas vezes ansioso pelo
progresso da cidade se transforma
num verdadeiro brinquedo dos candidatos que manipulam suas profundas emoções
com discursos alarmistas.
Desse modo a
democracia fica sempre exposta à propaganda desigual dos meios de comunicação
de massa. As opiniões credenciadas são submersas diante da avalanche de slogans
e pesquisas mais parecidas com propaganda eleitoral. Ainda não acabou a
campanha e todos estão nas ruas, ninguém de salto alto, isso é verdade, pois
ainda não se abriu as urnas, ou não foi digitado o numero de nenhum candidato.
Muita calma nessa hora....