terça-feira, 2 de novembro de 2010

Ganhar é bom, mas do PSDB e DEM é melhor ainda....

Nossa jovem democracia está de parabéns, pois contra os discursos raivosos da elite representada pelo PSDB e DEM, elegeu a primeira mulher presidente de nossa história. E não é só isso, elegeu uma mulher que antes considerada subversiva pela ditadura militar que tanto mal fez ao nosso país, e que agora é reconhecida pelo povo. Finalmente pudemos ver derrotado, na figura do Serra, o que mais de retrógrado temos nesse país, que com seu discurso pequeno, não trouxe nenhum programa de governo concreto. Confesso que, apesar de ter mudado minha forma de pensar a politica, estou muito feliz com a nova mandatária eleita, e gostei de seu discurso, pois a coerencia de suas idéias são as mesmas passadas na campanha. É necessário, e somente na democracia podemos ver isso, que de uma vez por todas, se elimine essas idéias tacanhas e atrasadas implantadas pelo PSDB e DEM e vivamos uma nova fase. Ainda não é o que queremos, mas um dia, veremos um pais socialista. Valeu Dilma, valeu povo brasileiro.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

PORQUE NÃO VOTO NO SERRA

Temos dois candidatos a presidente da república de nosso país e no entanto nada me empolga, eu que sempre fui idealista, me vejo na iminencia de hoje, ter que votar no menos pior. E o menos pior, ou como dizia Lula da Silva a "menas" pior é Dilma, que não sei de onde veio e para onde vai, falando policamente, é claro, pois ela sabe onde vai, com certeza.

Falar de Serra, seria dar enjoo em sonrisal, pois desde que me conheço por gente vejo falar das besteiras que ele faz e lembro-me de quando assumi a Secretaria de Governo de Itapeva e Serra veio entregar alguns titulos de propriedade que o Itesp preparou (das casas da Vila Nova e adjacencias), quando o homem se mostrou azedo e senhor de si, e nós pobres mortais, ficamos a fitá-lo e escutá-lo sem nenhuma vontade, dado a sua prepotencia. Lembro-me que algus vereadores se achegaram a ele para tentar conversar e este como se tivesse sido assediado por alguns leprosos, saia de lado e nem se dava ao luxo de cumprimentar esses vereadores. Bom, mas não é por isso que NÃO VOTO EM SERRA, e sim por tudo o que ela já fez por nossa cidade, ou seja, ele e seu amigo Alkimim, depois de aprovada a 16a Região Administrativa, ainda não se deram ao luxo de explicar o porque de não instala-la. As duplicações dos asfaltos de nossa região, nunca chegam aqui, e nossas estradas (vá para Itaberá, passse em Coronel Macedo e verá), são constantes buracos, industrias para Itapeva nem pensar, ajuda para nossa região, apenas algumas esmolas, e enfim. Na verdade, todo mundo sabe que enquanto Dilma estava presa pela Ditadura Militar, Serra fugiu do país, e foi viver no Chile no bem bom, pois nem cargo eletivo tinha, se auto exilou, nunca foi exilado, e como é costume seu fugir da raia, abandonou o Senado para disputar a prefeitura de São Paulo, abandonou a Prefeitura para disputar o Governo do Estado e agora abandonou o Estado para disputar a Presidencia do País, ora será também que não abandonará nosso pais a deriva, nas mãos de um tal INDIO DA COSTA?
Não vamos trocar o certo pelo duvidoso, dia 31, TREZE NA CABEÇA e chega de nhenhenhem...

terça-feira, 19 de outubro de 2010

sábado, 16 de outubro de 2010

SERRA E OSEGREDO DO BOLSA FAMILIA

Serra e o segredo do Bolsa Família

DE SÃO PAULO

Muita gente vai jurar que é mentira o que vou contar hoje, mas posso assegurar que é verdade. Por trás dela, o maior erro de comunicação da histórica do PSDB -- e, em parte, explica o desempenho nas pesquisas de Lula e de sua candidata, Dilma Rousseff.

Ainda no final do governo Fernando Henrique Cardoso, o então ministro da Educação, Paulo Renato Souza, hoje secretário estadual da Educação, tinha proposto ao Palácio do Planalto uma campanha massiva mostrando como a bolsa-escola (a origem da Bolsa Família) chegava a milhões de famílias. Por trás da campanha, uma intenção: Paulo Renato queria ser candidato a presidente e buscava a aprovação do governo e do partido. Via-se claramente o impacto desse programa, na época chamado pelo PT de bolsa-esmola. Vou além: o PT, no Congresso, dificultou a aprovação do projeto, basta ir nos anais das comissões para comprovar o que estou falando.

O secreto dessa história é o seguinte. O então ministro da Saúde, José Serra, também candidato, não queria adversários e, com seus sólidos contatos palacianos, conseguiu vetar a campanha. Serra, como se sabe, saiu candidato e pouco se usou, na época, a bandeira da bolsa-escola.

Não sei se FHC participou ou soube da decisão. Se não sabe, sugiro que pergunte a seus assessores e vai conhecer a verdade. O que sei é que ele se lamenta (e muito) não ter dado visibilidade a seus programas de renda mínima. Aliás, ele diz que é seu maior erro de comunicação.

O fato é que a campanha não saiu, e o PSDB deixou de atar sua imagem a uma ação que, em larga medida, foi faturada por Lula.

Agora, ironicamente, Serra corre atrás do prejuízo e tenta se apresentar mais pai do Bolsa Família do que o próprio Lula. Pelas pesquisas, vemos que, sem essas ações, Dilma teria muito mais dificuldade de se eleger.

Nessa história toda, a verdade é que a bolsa-escola ganhou o país porque foi lançado, em pequena escala, por Cristovam Buarque, então governador de Brasília, e pelo prefeito de Campinas, José Roberto Teixeira. Virou política pública porque o falecido Antônio Carlos Magalhães criou um fundo de combate à pobreza, que fez com que Paulo Renato pudesse disseminar em todo o país o programa.
Gilberto Dimenstein

Gilberto Dimenstein, 53 anos, é membro do Conselho Editorial da Folha e criador da ONG Cidade Escola Aprendiz. Coordena o site de jornalismo comunitário da Folha. Escreve para a Folha.com às segundas-feiras.

quarta-feira, 21 de abril de 2010

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Todo dia é dia do índio...

TOK D'ARTE - UMA MARAVILHA

MUITAS LUTAS POR LUTAR... JAIR CARVALHO

"Cai chuva do céu cinzento
Que não tem razão de ser.
Até o meu pensamento
Tem chuva nele a escorrer." (Fernando Pessoa)

Confesso que quando ouvia nosso amado prefeito doutor Luiz fazer seus discursos e citar Fernando Pessoa, ficava orgulhoso com a cultura de nosso chefe. Faz tempo que não ouço discurso de doutor Luiz e já sinto saudades. Sempre gostei de política, desde criança gostava de ouvir os bons discursos. Não faltava aos comícios, de um lado a turma do Chimitão e de outro lado a turma do Antonio Cavani. Aí apareceu o Monterão, jovem e com bom discurso, falando como alternativa a coronelzada que mandava por aqui. Grandes comícios acontecerem, no palanque chimitista o velho Cícero Marques, Saturnino Araujo – o Saso, Quincas Mattos, Antonio Deffune (um dos mais inflamados oradores que conheci) entre outros; no palanque Cavanista, a dona Paulina, o Barbosa, Ricardão Campolim, Santão Campolim, Iberê Saconi, dentre outros e junto ao Monteiro podia-se ver o Joaquim Filé, o Paulo de Tarso Lobo, enfim, era o Manda Brasa que se articulava. Era Arena 1e 2, MDB 1 e 2 pois naquele tempo o partido podia se dividir e lançar dois candidatos, assim o MDB tinha o Monteiro pelo MDB 1 e o Paulo de Tarso pelo MDB 2.
E o povo delirava e até brigava pelos seus candidatos, que depois se reuniram todos querendo “eleger até um poste para prefeito”. Não deu pois o poste não conquistou o eleitorado e o Armandinho com seu discurso inflamado pôs todo mundo no bolso. Algumas dessas lideranças não deixaram sucessores, como é o caso do Chimitão, do Barbosa e até do Monterão, e outros já deixaram aqui seus filhos como doutor Luiz e seu irmão Paulo (que não consigo chamar de doutor), ou a Terezinha, herdeira de dona Paulina, todos fazendo política. Vieram as novas lideranças, Wilmar Mattos, ex-vereador e prefeito por duas vezes, Guilherme Brugnaro, prefeito por duas vezes, o Armandinho, prefeito e secretário por diversas vezes e agora, com tantos partidos, estamos num beco sem saída. Quem será o sucessor de doutor Luiz Cavani. O meu amigo SPC já disse aqui que seria o Xixo, secretário de obras, um cidadão acima da suspeita, íntegro, educado, um “gentleman”, mas conhecendo bem o Xixo, tenho certeza de que não é ele o candidato de doutor Luiz. Dizem ainda as más línguas que o Wilmar está impedido de se candidatar, portanto, se for verdade, também não ele. Rossi Junior e Adelcinho nunca gostaram de política e o Armandinho não come no mesmo prato do chefe senão teria sido o vice, ficando sobrando aí três políticos, Luciano de Oliveira, doutor Marco André e Toninho Loureiro (aquele mesmo quer ficou famoso na televisão quando disse em cadeia nacional que “o poder é um a delicia”). Temos na oposição a Terezinha que é uma alternativa salutar, mas que garante de pé junto que será Deputada e não deixará a Assembléia, o que é bom para a cidade e região. Mas como dizia o velho Ulisses, “em política só falta ver o boi voar”. Para terminar, quero dizer que eleição é tão bom que deveria acontecer todo ano, todo mundo ganha, é gráfica, é cabo eleitoral, é jornal, enfim, até a estrada da Vila Santa Maria vai ser asfaltada. Valeu a reza, Ave Maria...
Por enquanto é só pessoal....Abraços...

sexta-feira, 12 de março de 2010

FICHA LIMPA...

FICHA LIMPA, VOCE É A FAVOR OU CONTRA?

Vamos a matéria de hoje, já se passaram três semanas da entrega ao Congresso Nacional, da proposta de iniciativa popular chamada “Ficha limpa” e praticamente esta engavetado na Câmara Federal. A proposta popular que levou o nome de “Projeto de Lei Complementar (PLC-518-2009)”, recebeu 1,3 milhão de assinaturas de eleitores todo o país, inclusive a minha, comandada que foi pelo Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE). O coordenador da campanha, juiz eleitoral Márlon Reis, afirmou essa semana que “está faltando boa vontade dos parlamentares” para votar a proposta. O projeto entregue é subscrito por 43 entidades da sociedade civil que compõem o MCCE (formada por juizes, promotores de justiça, advogados e muita gente famosa e não famosa), portanto é um movimento que tem muita força. A proposta, se aprovada, irá tirar da vida pública muita gente que já foi condenada por vários crimes e que ainda está nos representando, quer nas Câmaras Municipais, nas Assembléias Legislativas, na Câmara Federal, no Senado e nos Governos, de todos os níveis. Por isso é que propostas como esta se engavetam e custam a serem discutidas, e quando discutidas, recebem muitas emendas, até serem aprovadas. Com certeza essa também recebera emendas daqueles que são contra, tudo no intuito de procrastinar a aprovação da medida. Para entender melhor a proposta, basta vermos os editais de concursos públicos, pois pedem eles que os candidatos apresentem “antecedentes criminais” e ai aqueles que tiveram alguma passagem pele policia, de cara estão descartados, nem podem fazer a prova. Ora, é natural que alguém que cometeu um estupro contra uma criança possa fazer um concurso para dirigir uma creche? Como pode aquele que desviou dinheiro público ser vereador? Ou prefeito? Não é a mesma coisa? Uma vez eleito vereador, ele pode, por seus pares, ser eleito presidente da câmara e ai vai administrar dinheiro público. De outro lado, aqueles que defendem a inconstitucionalidade da medida, afirmando que “todo cidadão é inocente ate que se prove o contrario”, e essa prova de culpabilidade do cidadão segundo eles, só acontecerá após o julgamento da última instancia, e como nossa justiça esta muito abarrotada de processos, quando acontecer o ultimo julgamento o mandato desse cidadão já acabou. Na verdade, o que se quer, não é barrar os cidadãos de serem candidatos por serem criminosos, mas sim, por estarem respondendo a um processo criminal, igual aqueles que vão prestar concurso público. Ora, se para um funcionário público tem que apresentar seus antecedentes criminais, muito mais para aqueles que querem ser candidatos a algum cargo eletivo. A idéia é muito boa, afinal, há muito o povo está colocando as raposas para tomar conta do galinheiro e tudo isso porque a lei os protege, deixando-os serem candidatos. Imaginem aqui em Itapeva quanta raposa nós tiraremos da política se essa lei passar. Esperemos que nessas eleições, com ficha limpa ou não, nosso povo comece a separar o joio do trigo e a tirar da vida pública aqueles que cometeram crimes e ainda estão impunes sob o manto de algum recurso em algum Tribunal da vida. Como diz o SPC, oremos...

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

PASSEIO SOCRÁTICO

Frei Betto

Ao viajar pelo Oriente mantive contatos com monges do Tibete, da Mongólia, do Japão e da China. Eram homens serenos, comedidos, recolhidos e em paz nos seus mantos cor de açafrão.

Outro dia, eu observava o movimento do aeroporto de São Paulo: a sala de espera cheia de executivos com telefones celulares, preocupados, ansiosos, geralmente comendo mais do que deviam. Com certeza, já haviam tomado café da manhã em casa, mas como a companhia aérea oferecia um outro café, todos comiam vorazmente. Aquilo me fez refletir: 'Qual dos dois modelo produz felicidade?

Encontrei Daniela, 10 anos, no elevador, às nove da manhã, e perguntei: 'Não foi à aula?' Ela respondeu: 'Não, tenho aula à tarde'.

Comemorei: 'Que bom, então de manhã você pode brincar, dormir até mais tarde'.
'Não', retrucou ela, 'tenho tanta coisa de manhã...'

'Que tanta coisa?', perguntei.

'Aulas de inglês, de balé, de pintura, piscina', e começou a elencar seu programa de garota robotizada.

Fiquei pensando: 'Que pena, a Daniela não disse: 'Tenho aula de meditação!'

Estamos construindo super-homens e super-mulheres, totalmente equipados, mas emocionalmente infantilizados.

Uma progressista cidade do interior de São Paulo tinha, em 1960, seis livrarias e uma academia de ginástica; hoje, tem sessenta academias de ginástica e três livrarias!

Não tenho nada contra malhar o corpo, mas me preocupo com a desproporção em relação à malhação do espírito. Acho ótimo, vamos todos morrer esbeltos:

'Como estava o defunto?'. 'Olha, uma maravilha, não tinha uma celulite!' Mas como fica a questão da subjetividade? Da espiritualidade? Da ociosidade amorosa?

Hoje, a palavra é virtualidade. Tudo é virtual. Trancado em seu quarto, em Brasília, um homem pode ter uma amiga íntima em Tóquio, sem nenhuma preocupação de conhecer o seu vizi nho de prédio ou de quadra! Tudo é virtual. Somos místicos virtuais, religiosos virtuais, cidadãos virtuais. E somos também eticamente virtuais...

A palavra hoje é 'entretenimento?; domingo, então, é o dia nacional da imbecilização coletiva. Imbecil o apresentador, imbecil quem vai lá e se apresenta no palco, imbecil quem perde a tarde diante da tela. Como a publicidade não consegue vender felicidade, passa a ilusão de que felicidade é o resultado da soma de prazeres: 'Se tomar este refrigerante, calçar este tênis, usar esta camisa, comprar este carro, você chega lá!'

O problema é que, em geral, não se chega! Quem cede desenvolve de tal maneira o desejo, que acaba precisando de um analista. Ou de remédios. Quem resiste, aumenta a neurose.
O grande desafio é começar a ver o quanto é bom ser livre de todo esse condicionamento globalizante, neoliberal, consumista. Assim, pode-se viver melhor. Aliás, para uma boa saúde mental três requisitos são indispensáveis: amizades, auto-estima, ausência de estresse.

Há uma lógica religiosa no consumismo pós-moderno. Na Idade Média, as cidades adquiriam status construindo uma catedral; hoje, no Brasil, constrói-se um shopping center.

É curioso: a maioria dos shoppings centers tem linhas arquitetônicas de catedrais estilizadas; neles não se pode ir de qualquer maneira, é preciso vestir roupa de missa de domingo. E ali dentro sente-se uma sensação paradisíaca: não há mendigos, crianças de rua, sujeira pelas calçadas...

Entra-se naqueles claustros ao som do gregoriano pós-moderno, aquela musiquinha de esperar dentista. Observam-se os vários nichos, todas aquelas capelas com os veneráveis objetos de consumo, acolitados por belas sacerdotisas.

Quem pode comprar à vista, sente-se no reino dos céus. Se deve passar cheque pré-datado, pagar a crédito, entrar no cheque especial, sente-se no purgatório. Mas se não pode comprar, certamente vai se sentir no inferno...

Felizmente, terminam todos na eucaristia pós-moderna, irmanados na mesma mesa, com o mesmo suco e o mesmo hambúrguer do Mc Donald...

Costumo advertir os balconistas que me cercam à porta das lojas: 'Estou apenas fazendo um passeio socrático.

Diante de seus olhares espantados, explico: 'Sócrates, filósofo grego, também gostava de descansar a cabeça percorrendo o centro comercial de Atenas.

Quando vendedores como vocês o assediavam, ele respondia:

Estou apenas observando quanta coisa existe de que não preciso para ser feliz!

FAMÍLIA CARVALHO

FAMÍLIA CARVALHO
Adriano/Conceição e os netos